Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Trump tenta atrair eleitores no exterior, mas republicanos buscam restringi-los na Justiça

Trump tenta atrair eleitores no exterior, mas republicanos buscam restringi-los na Justiça

Reuters

11/10/2024

Placeholder - loading - Candidato republicano à Presidência, Donald Trump  10/10/2024 REUTERS/Rebecca Cook
Candidato republicano à Presidência, Donald Trump 10/10/2024 REUTERS/Rebecca Cook

Por Luc Cohen

(Reuters) - Republicanos estão processando três Estados-chave da eleição presidencial norte-americana para impedir o que chamam de votação ilegal do exterior, mesmo que o candidato do partido, o ex-presidente Donald Trump, esteja tentando atrair esse eleitor na disputa contra a democrata e atual vice-presidente, Kamala Harris.

Os republicanos lançaram uma campanha judicial agressiva e nacional, com processos movidos para, segundo eles, restaurar a confiança nas eleições, garantindo que ninguém vote de maneira ilegal. Especialistas e os democratas, no entanto, afirmam que as ações têm o objetivo de semear dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral.

Em ações movidas em Michigan e na Carolina do Norte na terça-feira e em 2 de outubro, respectivamente, o Comitê Nacional Republicano argumentou que as leis eleitorais estaduais permitem erroneamente que cidadãos norte-americanos que residem no exterior e nunca viveram nos Estados — embora seus parentes, sim — possam votar ali.

“Cidadãos de Carolina do Norte e Michigan não devem ter seus votos cancelados por aqueles que nunca viveram no Estado”, afirmou o presidente do Comitê Nacional Republicano, Michael Whatley, em comunicado publicado na terça-feira.

Em outro processo federal impetrado em 30 de setembro, na cidade de Harrisburg, Pensilvânia, um grupo de parlamentares republicanos argumenta que o Estado está isentando erroneamente de verificações aqueles que não vivem no Estado.

Em moção para intervir no processo da Pensilvânia, o Comitê Nacional Democrata afirmou que o objetivo dos republicanos é “ignorar dezenas de milhares de votos feitos por militares registrados legalmente e eleitores que vivem no exterior”.

O gabinete do secretário de Estado da Pensilvânia, que é republicano, chamou o processo de “uma tentativa de confundir e amedrontar as pessoas antes de uma importante eleição”, lembrando que as pessoas podem ser acusadas de crimes caso mintam na hora de registro do voto.

Há uma audiência sobre o caso marcada para a próxima sexta-feira.

Patrick Gannon, porta-voz do comitê eleitoral da Carolina do Norte, afirmou que a lei está em vigor há mais de 13 anos, e que os cidadãos norte-americanos que estão sendo questionados pelos republicanos não teriam outra forma de votar. Ele disse que a votação antecipada já começou.

“A hora de questionar as regras para elegibilidade dos eleitores é muito antes da eleição, não depois que os votos começaram a ser enviados”, afirmou.

Cerca de 2,9 milhões de norte-americanos que vivem no exterior podiam votar em 2020, mas apenas 8% efetivamente registraram seus votos, de acordo com o Programa Federal de Assistência à Votação.

Trump tem tentado atrair o eleitor que vive no exterior, inclusive prometendo nesta semana diminuir os impostos para eles, encerrando o que chamou de “bitributação” -- alguns expatriados norte-americanos são obrigados a pagar impostos tanto ao governo dos EUA quanto a autoridades estrangeiras. A equipe de campanha de Trump não ofereceu mais detalhes sobre a medida proposta.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada no dia 8 de outubro mostrou Kamala na frente por 46% a 43% dos votos nacionais, embora seja o Colégio Eleitoral por Estado que definirá o vencedor. Sete dos Estados devem ser decisivos.

(Reportagem de Luc Cohen em Nova York)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.