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Trump vai para a Coreia do Sul para tratar de negociações comerciais e mísseis norte-coreanos

Trump vai para a Coreia do Sul para tratar de negociações comerciais e mísseis norte-coreanos

Reuters

28/10/2025

Placeholder - loading - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 28/10/2025 REUTERS/Evelyn Hockstein
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 28/10/2025 REUTERS/Evelyn Hockstein

Por Trevor Hunnicutt e Jihoon Lee

TÓQUIO/GYEONGJU, Coreia do Sul (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue para a Coreia do Sul na quarta-feira para a etapa final de sua viagem à Ásia, com reuniões previstas com o presidente chinês Xi Jinping e o sul-coreano Lee Jae Myung.

Depois de chegar em um voo de Tóquio, onde assinou um acordo sobre terras raras com a nova primeira-ministra do Japão, Trump deve discursar em uma cúpula de CEOs e se reunir com Lee em Gyeongju, pacata cidade sul-coreana repleta de túmulos e palácios históricos.

No topo da agenda estará o acordo comercial não resolvido entre os EUA e a Coreia do Sul.

Os dois aliados anunciaram um acordo em agosto, segundo o qual a Coreia do Sul evitaria o pior das tarifas ao concordar em injetar US$350 bilhões em novos investimentos nos Estados Unidos.

No entanto, as negociações sobre a estrutura desses investimentos têm sido um impasse, e autoridades dos dois lados consideram improvável que Trump e Lee finalizem um acordo.

Trump também pressionou aliados como a Coreia do Sul a pagar mais pela defesa, e a Coreia do Sul buscou reformas nas leis de imigração dos EUA após uma batida em uma fábrica de baterias da Hyundai Motor na Geórgia.

Trump e Lee devem discutir os esforços para envolver a Coreia do Norte, que anunciou ter feito o teste de um míssil de cruzeiro com capacidade nuclear na terça-feira.

'É nossa missão responsável e nosso dever endurecer incessantemente a postura de combate nuclear', disse a autoridade norte-coreana que supervisionou o teste, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

Na semana passada, o Norte disparou seu primeiro míssil balístico desde maio.

Trump fez repetidos apelos para uma reunião com o líder Kim Jong Un, inclusive durante essa viagem, mas não houve nenhum comentário público de Pyongyang. Kim já disse anteriormente que poderia estar aberto a conversar se Washington parasse de pressioná-lo a desistir das armas nucleares.

AGENDA COMERCIAL

Repleta de milhares de policiais e soldados para segurança, Gyeongju sediará o fórum da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico nesta semana, mas Trump não participará da cúpula de líderes marcada para sexta-feira e sábado.

'Trump não gosta de grandes reuniões internacionais e prefere ter encontros individuais com os principais líderes', disse Christopher Padilla, consultor sênior da empresa de consultoria Brunswick Group em Washington. 'Mas enquanto os EUA se afastam, a maior parte do mundo continua a trabalhar por meio dessas instituições, considerando-as uma fonte útil de cooperação em problemas internacionais.'

Em vez disso, Trump discursará na cúpula de CEOs da APEC, realizará reuniões bilaterais com líderes de vários países, incluindo Xi, da China, e jantará com Lee.

A reunião entre Xi e Trump, prevista para a quinta-feira, está ofuscando o restante da movimentada agenda diplomática da semana.

Negociadores das duas maiores economias do mundo elaboraram uma estrutura no domingo para um acordo que possa pausar as tarifas americanas mais rígidas e os controles de exportação de terras raras da China, segundo autoridades dos EUA. A notícia fez com que as ações asiáticas atingissem picos recordes.

Trump chega a Gyeongju depois de uma viagem turbulenta pela região, uma das mais atingidas por suas políticas tarifárias e pelo aumento da concorrência entre os EUA e a China.

Na Malásia, ele anunciou uma série de acordos comerciais à margem da cúpula de 11 membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático e supervisionou a assinatura de uma trégua ampliada entre a Tailândia e o Camboja após um conflito na fronteira.

Em Tóquio, na terça-feira, Trump elogiou a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, saudando sua promessa de acelerar o desenvolvimento militar e assinando acordos comerciais e de terras raras.

Takaichi aplaudiu o esforço de Trump para resolver conflitos globais, prometendo indicá-lo para o Prêmio Nobel da Paz, de acordo com a porta-voz de Trump, Karoline Leavitt.

Os EUA e o Japão também divulgaram uma lista de projetos nas áreas de energia, inteligência artificial e minerais críticos nos quais as empresas japonesas estão de olho em investimentos de até US$400 bilhões.

Tóquio se comprometeu a fornecer US$550 bilhões em investimentos estratégicos, empréstimos e garantias dos EUA no início deste ano, como parte de um acordo para obter um alívio das tarifas de importação punitivas de Trump.

Washington pressionou a Coreia do Sul a fazer um acordo semelhante, mas Seul diz que não pode pagar os US$350 bilhões que prometeu antecipadamente. Em vez disso, a Coreia do Sul ofereceu uma combinação de investimentos em fases, empréstimos e outras medidas.

(Reportagem de Trevor Hunnicutt em Tóquio e Jihoon Lee em Gyeongju, Coreia do Sul)

Reuters

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