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Turquia detém prefeito de Istambul no que oposição chama de 'golpe'

Placeholder - loading - Prefeito de Istambul Ekrem Imamoglu  31/1/2025   REUTERS/Dilara Senkaya
Prefeito de Istambul Ekrem Imamoglu 31/1/2025 REUTERS/Dilara Senkaya

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Por Ece Toksabay e Ezgi Erkoyun

ISTAMBUL (Reuters) - Autoridades turcas detiveram na quarta-feira o prefeito de Istambul Ekrem Imamoglu, principal rival político do presidente Tayyip Erdogan, sob acusações de corrupção e de ajudar um grupo terrorista, no que o principal partido de oposição chamou de 'um golpe contra nosso próximo presidente'.

A ação contra Ekrem Imamoglu coroa uma repressão legal de meses contra figuras da oposição em todo o país, que foi criticada como uma tentativa politizada de prejudicar suas perspectivas eleitorais.

Em resposta, a lira turca caiu 12%, atingindo o valor mais baixo de todos os tempos, 42 por dólar, ressaltando as preocupações com a erosão do estado de direito no importante mercado emergente e país membro da Otan que Erdogan dirige há 22 anos.

O governo nega as acusações da oposição e afirma que o judiciário é independente. Enquanto isso, o governo está pressionando para acabar com uma insurgência de décadas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), depois que seu líder preso pediu o desarmamento no mês passado, no que poderia ser um grande passo em direção à paz regional.

Imamoglu, de 54 anos, que está à frente de Erdogan em algumas pesquisas de opinião, enfrenta duas investigações separadas que também incluem acusações de liderar uma organização criminosa, suborno e fraude em licitações.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito com dois mandatos disse que não desistiria e continuaria firme diante da pressão, enquanto ajeitava a gravata e se preparava para deixar sua casa para ser detido na manhã de quarta-feira.

O Partido Republicano do Povo (CHP), principal partido de oposição, estava pronto para nomeá-lo seu desafiante presidencial oficial contra Erdogan dentro de alguns dias.

A próxima eleição está marcada para 2028, mas Erdogan atingiu seu limite de dois mandatos como presidente, depois de ter atuado anteriormente como primeiro-ministro. Se ele desejar concorrer novamente, deverá convocar uma eleição antecipada antes de terminar seu mandato ou alterar a constituição.

Erdogan enfrentou sua pior derrota eleitoral no ano passado, quando o CHP de Imamoglu conquistou importantes cidades da Turquia e derrotou o Partido AK, no poder, em antigos redutos nas eleições municipais.

'TENTATIVA DE GOLPE'

O líder do CHP, Ozgur Ozel, classificou a detenção como uma tentativa de golpe e conclamou os grupos de oposição a se unirem. O partido seguirá em frente e escolherá Imamoglu como líder no domingo, independentemente disso, acrescentou ele, antes de seguir da capital Ancara para Istambul.

'A Turquia está passando por um golpe contra o próximo presidente. Estamos enfrentando uma tentativa de golpe aqui', disse ele.

A Human Rights Watch chamou as acusações contra o prefeito de 'politicamente motivadas e falsas' e disse que ele precisa ser libertado imediatamente.

O gabinete de Erdogan não comentou imediatamente quando perguntado sobre as alegações de que a detenção foi uma ação política.

De acordo com uma declaração do gabinete do promotor de Istambul sobre a primeira investigação, um total de 100 pessoas, incluindo jornalistas e empresários, são suspeitas de estarem envolvidas em atividades criminosas relacionadas a determinadas licitações concedidas pelo município.

A promotoria disse que uma segunda investigação acusou Imamoglu e seis outras pessoas de ajudar o PKK, que é considerado uma organização terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.

Escrito por Reuters

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