Chanceler da Alemanha pede acordo comercial 'rápido e simples' entre UE e EUA
Chanceler da Alemanha pede acordo comercial 'rápido e simples' entre UE e EUA
Reuters
26/06/2025
Atualizada em 26/06/2025
BRUXELAS (Reuters) - O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse nesta quinta-feira que a União Europeia deveria fazer um acordo comercial 'rápido e simples' com os Estados Unidos, em vez de um acordo 'lento e complicado'.
Merz falou no final de uma cúpula de líderes da UE em Bruxelas, onde a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE havia recebido uma nova proposta da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, em sua disputa comercial transatlântica.
Com o relógio correndo antes que a pausa tarifária expire em 9 de julho, Merz disse que o tempo é essencial.
'Temos menos de duas semanas até 9 de julho e não é possível chegar a um acordo comercial sofisticado nesse período', disse ele aos repórteres.
Merz disse que setores alemães, como o químico, farmacêutico, de engenharia mecânica, siderúrgico, de alumínio e automobilístico, já estão sendo sobrecarregados com tarifas elevadas que colocam as empresas em perigo.
Merz também disse que Von der Leyen sugeriu que os europeus criassem uma nova organização comercial que pudesse substituir gradualmente a Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem tido dificuldades para funcionar de forma eficaz nos últimos anos.
Ele disse que a ideia estava em seus estágios iniciais, mas poderia incluir mecanismos para resolver disputas, como a OMC deveria fazer.
'Todos vocês sabem que a OMC não funciona mais', disse ele.
Ainda sobre comércio, Merz disse que os líderes da UE estavam 'basicamente unidos' no desejo de finalizar um acordo comercial com o bloco Mercosul o mais rápido possível. Ele disse que havia apenas 'pequenas diferenças' entre os membros da UE com relação ao pacto.
Questionado sobre as objeções da França à proposta atual, Merz disse que havia conversado duas vezes com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o assunto durante a cúpula e que sentia que havia 'grande disposição' para concluir o acordo.
Macron, no entanto, deu um tom diferente, dizendo aos repórteres que a França não poderia aceitar o acordo em sua forma atual.
(Reportagem de Andrew Gray)
Reuters