UE diz que poderá admitir novos membros até 2030 e elogia Montenegro, Albânia e Ucrânia
UE diz que poderá admitir novos membros até 2030 e elogia Montenegro, Albânia e Ucrânia
Reuters
04/11/2025
Por Lili Bayer
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia disse na terça-feira que a UE poderá receber novos membros já em 2030, ao elogiar Montenegro, Albânia, Ucrânia e Moldávia por seu progresso nas reformas necessárias para aderir ao bloco.
A Comissão também criticou a Sérvia por desacelerar seu processo de reforma. Ela acusou a Geórgia de 'grave retrocesso democrático' e disse que a ex-república soviética era agora considerada um país candidato 'apenas no nome'.
'A expansão da União é de nosso interesse', disse a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, aos repórteres em Bruxelas, ao apresentar o relatório anual da Comissão sobre os esforços dos possíveis membros para aderir ao bloco.
'A adesão à União Europeia continua sendo um processo justo, difícil e baseado no mérito. Mas agora, a adesão de novos países à União Europeia até 2030 é uma meta realista', disse Kallas.
Mais cedo, a Comissária para o Alargamento da UE, Marta Kos, disse que Montenegro, uma nação dos Bálcãs com cerca de 600.000 habitantes, era o mais avançado dos países candidatos em seu caminho para a adesão.
Kos, que supervisiona o trabalho do executivo da UE com possíveis futuros membros, também elogiou a Albânia pelo que chamou de 'progresso sem precedentes', enquanto a Moldávia, que faz fronteira com a Ucrânia, também avançou com 'velocidade acelerada', apesar das pressões.
Da mesma forma, a Ucrânia avançou em sua candidatura à UE, apesar dos desafios da invasão da Rússia, que bloqueou o progresso formal das negociações de adesão.
'A Ucrânia demonstrou seu compromisso com o caminho da UE, avançando nas principais reformas', disse Kos. 'Será essencial sustentar esse impulso e evitar qualquer risco de retrocesso, em particular (na) anticorrupção.'
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy saudou o relatório, dizendo no X: 'Esperamos que a ação decisiva da UE supere todos os obstáculos artificiais para uma Europa forte e unida.'
A Comissão reservou suas críticas mais fortes à Geórgia, que já foi a nação mais pró-ocidental da antiga União Soviética, acusando seu governo de minar o estado de direito e impor 'severas restrições aos direitos fundamentais'.
O partido governista Georgian Dream, acusado pelos críticos de uma tendência ao autoritarismo e de uma política externa mais pró-Rússia, congelou as negociações de adesão à UE e acusou Bruxelas de planejar uma revolução na Geórgia, o que a UE nega veementemente.
Na semana passada, o presidente do Parlamento da Geórgia, que é um membro sênior do partido governista, disse que estava tentando banir os três maiores partidos de oposição do país por representarem uma ameaça à 'ordem constitucional'.
Reuters

