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Vale diz que não há elementos que apontem gatilho para ruptura de barragem em MG

Vale diz que não há elementos que apontem gatilho para ruptura de barragem em MG

Reuters

16/05/2019

Placeholder - loading - Mina Gongo Soco, operada pela Vale, em Barão de Cocais (MG)  08/02/2019 REUTERS/Washington Alves
Mina Gongo Soco, operada pela Vale, em Barão de Cocais (MG) 08/02/2019 REUTERS/Washington Alves

Atualizada em  16/05/2019

SÃO PAULO (Reuters) - A Vale informou nesta quinta-feira que identificou movimentação no talude Norte, na cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), mas ressaltou que não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento possa ter como consequência o rompimento da barragem Sul Superior, nas proximidades.

A afirmação foi feita após nota do Ministério Público de Minas Gerais que indicou, citando documento da própria Vale, que haveria risco de ruptura na cava, entre 19 e 25 de maio, e que o movimento poderia provocar a ruptura da barragem.

Após a nota do MP, as ações da Vale passaram a cair na B3, com os papéis fechando em baixa de 3,23 por cento.

'Cabe ressaltar que não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude... desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior', esclareceu a empresa em comunicado.

Mesmo assim, a Vale disse que 'está reforçando o nível de alerta e prontidão para o caso extremo de rompimento'.

Um alerta de desnível na barragem Sul Superior havia levado a retirada dos moradores da região poucos dias após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, que provocou uma grande revisão de segurança nas estruturas de mineração no Estado.

O desastre de Brumadinho, com mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, atingiu comunidades, mata, rios e instalações da própria Vale, resultando na morte de 240 pessoas e deixando ainda 30 desaparecidos.

Mais cedo nesta semana, a mineradora havia informado que suas equipes identificaram movimentação no talude Norte, na cava da mina, paralisada desde 2016. Na ocasião, informou que as autoridades haviam sido envolvidas para avaliarem a situação.

A barragem Sul Superior, a 1,5 km da área do talude, está em nível 3, o mais crítico para risco de rompimento, desde 22 de março, e a Zona de Autossalvamento já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro. A estrutura tem volume de 6 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, segundo a reguladora ANM.

A Vale disse ainda que, seguindo recomendação do Ministério Público mineiro, intensificará a veiculação de informações em rádios da região e por meio de panfletagem sobre a situação.

Além disso, informou que um novo simulado de evacuação será realizado no próximo sábado, às 15h, para reforço de treinamento da população de Barão de Cocais.

Desde fevereiro, a Vale afirma que vem mantendo contato com as comunidades, prefeituras, defesas civis, empresas e demais órgãos competentes da região. A empresa simulou emergência com moradores da ZSS dos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.

A mineradora disse também que a cava e a barragem são monitoradas 24 horas por dia.

(Por Roberto Samora)

Reuters

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