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Vamos defender nossa tese em todas as instâncias, diz Haddad sobre julgamento de benefícios tributários

Vamos defender nossa tese em todas as instâncias, diz Haddad sobre julgamento de benefícios tributários

Reuters

26/04/2023

Placeholder - loading - Ministro Fernando Haddad  03/04/202 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro Fernando Haddad 03/04/202 REUTERS/Ueslei Marcelino

Atualizada em  26/04/2023

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que a pasta está confiante na tese que apresentou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento sobre alcance de descontos na cobrança do ICMS, cujo impacto aos cofres federais pode chegar a 88 bilhões de reais por ano, e que a defenderá em todas as instâncias.

'Nós estamos muito confiantes na tese. Temos muita segurança jurídica de que nós estamos com a tese correta. O ajuste fiscal precisa ser feito e, dessa vez, não pode ser feito em cima do trabalhador. A tese é muito correta, é muito boa e nós vamos defender em todas as instâncias. Ainda tem o STJ, depois tem o Supremo Tribunal Federal (STF), mas nós estamos muito seguros', disse Haddad em entrevista a jornalistas na sede do Ministério.

Nesta quarta, o ministro André Mendonça, do STF, concedeu uma liminar para tornar sem efeito qualquer decisão do STJ sobre esse julgamento. Mesmo com a decisão do Supremo, os ministro do STJ continuaram a analisar o caso na Primeira Seção do tribunal.

O processo em questão avalia se descontos na cobrança do ICMS, concedidos por Estados a empresas, fazem parte ou devem ser excluídos da base de cálculo do Imposto de Renda das empresas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A ação é considerada, pela equipe econômica, chave para recompor as receitas federais e garantir o cumprimento de metas para as contas públicas previstas em seu novo arcabouço fiscal.

O ministro caracterizou os descontos como uma forma de sonegação tributária e disse ainda que a tese da pasta tem o objetivo de consertar um 'buraco no Orçamento federal', que, segundo ele, prejudica a qualidade de serviços públicos como o Sistema Único de Saúde e parcelas da população que já são afetadas por fatores como desemprego e baixa renda.

'Quando você não cobra de quem não paga imposto, toda a sociedade paga pelo sonegador, na forma de juros, na forma de inflação, na forma de desemprego. E a nossa tese é de que vai contribuir para o ajuste fiscal quem não paga seus impostos, para que toda a sociedade seja beneficiada com menos inflação, com menos juros e com melhores serviços públicos', afirmou.

(Por Victor Borges)

Reuters

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