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Volume de energia renovável de longo prazo vendida no mercado livre cai em 2024, diz CELA

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Torres de transmissão de energia em Pequim

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SÃO PAULO (Reuters) - O volume de energia solar e eólica comercializada em acordos de longo prazo no mercado livre brasileiro caiu 32% em 2024, para 659 MWmédios, em meio às dificuldades enfrentadas pelo segmento de geração renovável para viabilizar novos projetos, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pela Clean Energy Latin America (CELA).

Conforme a consultoria, a retração foi motivada por entraves como 'dificuldades de aprovar e conectar projetos na rede, recrudescimento das políticas de incentivos e maior acirramento na venda de energia no ACL (mercado livre)'.

Geradores renováveis vêm apontando um cenário desafiador para tirar novos empreendimentos do papel nos últimos anos, devido a uma combinação de sobreoferta de energia no Brasil e custos mais elevados. Os problemas recentes de cortes elevados de geração impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também agravaram o quadro, desestimulando investimentos.

Já a quantidade de contratos de energia eólica e solar de longo prazo negociados aumentou para 31 em 2024, de 23 em 2023, em função da maior abertura do mercado livre para os consumidores de menor porte, classificados como 'varejo', no ano passado.

Foram fechados 18 contratos de energia solar e 11 de eólica, além de dois projetos híbridos combinando as duas fontes.

O grande destaque, segundo a CELA, foi a modalidade de autoprodução, que representou 30 dos 31 contratos assinados em 2024.

Os empreendimentos de autoprodução de energia vêm ganhando espaço entre grandes empresas que buscam descarbonizar suas operações no Brasil. Pelo modelo, o consumidor da energia compra participações ou investe em uma usina junto com a companhia elétrica, tornando-se um autoprodutor. Com isso, garante alguns incentivos que reduzem seus custos com o insumo, como descontos e isenção do pagamento de encargos setoriais.

'Esses projetos ganharam uma grande participação dos datacenters no país e são hoje a mola propulsora do mercado livre e possuem muita aderência, inclusive dos novos entrantes pela maior abertura do ACL no último ano', afirmou Camila Ramos, CEO da CELA, em nota.

'Outras tendências significativas no setor são os contratos em dólares, que têm se tornando cada vez mais relevantes nos acordos assinados nos últimos anos e o surgimento de contratos de autoprodução com prazos mais curtos', acrescentou.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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