Williams diz que precisa ver mais dados para considerar corte de juros no Fed em setembro
Williams diz que precisa ver mais dados para considerar corte de juros no Fed em setembro
Reuters
27/08/2025
WASHINGTON (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta quarta-feira que é provável que a taxa de juros possa cair em algum momento, mas os membros precisarão ver o que os próximos dados indicam sobre a economia para decidir se é apropriado fazer um corte na reunião de 16 e 17 de setembro.
'Do meu ponto de vista, todas as reuniões estão abertas' para uma mudança nos juros, disse Williams em uma entrevista à CNBC. 'Os riscos estão mais equilibrados. Teremos que ver como os dados vão se comportar.'
O Fed receberá outro relatório de emprego e novas informações sobre a inflação ao consumidor antes de sua próxima reunião, dados que agora podem pesar muito na decisão de cortar os juros em 0,25 ponto percentual da atual faixa de 4,25% a 4,5% que o banco central tem mantido desde dezembro.
O chair do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que as perspectivas econômicas atuais, junto dos riscos crescentes para o mercado de trabalho, 'podem justificar o ajuste de nossa política monetária'.
A linguagem de Powell levou os mercados a apostar fortemente em um corte de juros em setembro, embora os comentários de outras autoridades desde então, incluindo Williams, tenham se apoiado mais nos próximos dados de emprego e inflação para confirmar se um corte é apropriado.
Williams disse que não tinha comentários sobre as alegações levantadas pelo presidente Donald Trump contra a diretora Lisa Cook.
Mas sobre Cook, ele disse que 'ela sempre demonstrou integridade e compromisso com a missão do Federal Reserve'.
Embora não tenha abordado diretamente a tentativa de Trump de demiti-la, ele disse que 'a estrutura do Federal Reserve é... projetada para ter autoridades independentes que tomam decisões que afetam a economia a longo prazo, longe da pressão política de curto prazo. E acho que isso é muito, muito importante'.
(Reportagem de Howard Schneider)
Reuters