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Brigadas combatem chamas em meio a pior início de temporada de incêndios na Amazônia em 20 anos

Placeholder - loading - Brigadista do Ibama combate chamas na floresta amazônica em Apuí, no Amazonas 08/08/2024 REUTERS/Adriano Machado
Brigadista do Ibama combate chamas na floresta amazônica em Apuí, no Amazonas 08/08/2024 REUTERS/Adriano Machado

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Por Brad Haynes

APUÍ, Amazonas (Reuters) - As brigadas de incêndio na Amazônia estão lutando contra as chamas em meio ao pior início de temporada de incêndios na floresta tropical brasileira em 20 anos, de acordo com dados de satélite do governo, após uma seca recorde agravada pelo aquecimento global.

A fumaça cobria o horizonte nesta sexta-feira ao longo da Rodovia Transamazônica, nos arredores da cidade de Apuí, sul do Estado do Amazonas, onde os brigadistas se reuniram após viagens de até 600 km para combater os incêndios excepcionalmente precoces e intensos deste ano.

Os brigadistas, vestindo roupas de proteção amarelas brilhantes, trabalharam durante a noite para sufocar as chamas usando pulverizadores de água montados nas costas ou sopradores de folhas, à medida que enormes incêndios avançavam sobre florestas e pastagens, deixando uma vasta extensão carbonizada em seu rastro.

Os incêndios que ameaçam a Amazônia podem representar um duro teste para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apostou sua reputação global na gestão ambiental do Brasil antes de o país sediar a cúpula climática COP30 da Organização das Nações Unidas na cidade amazônica de Belém no próximo ano.

Os incêndios que atingem Apuí e outras cidades da Amazônia geralmente começam em fazendas de gado onde os produtores estão convertendo a mata em pasto. As condições extremamente secas do ano passado facilitaram o avanço das chamas na floresta tropical, que raramente queima em condições normais.

'A maneira como o clima está mudando, ficando mais seco e mais quente, ano após ano estamos vendo o fogo entrar mais profundamente na floresta virgem', disse Domingos da Silva Araújo, chefe local da brigada Prevfogo, do governo federal, que combate incêndios florestais em torno de Apuí. A área é uma caixa de fumaça depois de mais de um mês sem uma gota de chuva, disse ele.

A área queimada na Amazônia brasileira quase dobrou nos primeiros sete meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a maior área desde 2004, de acordo com dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os incêndios consumiram uma área de 26.246 quilômetros quadrados no período -- aproximadamente o tamanho de Ruanda, na África.

Espera-se que as condições só piorem, pois os incêndios na Amazônia normalmente atingem o pico em agosto e setembro, antes da chegada das chuvas sazonais.

As chuvas do ano passado chegaram tarde e foram mais fracas do que o normal devido ao fenômeno climático El Niño, que foi agravado pela mudança climática, dizem os cientistas, deixando a floresta tropical especialmente vulnerável aos incêndios deste ano.

Os mesmos fatores levaram as queimadas no Pantanal a um recorde em junho, segundo dados do Inpe, o que levou Lula a convocar uma força-tarefa emergencial do governo para limitar os danos a esse bioma.

Embora Lula tenha feito a promessa de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia, um estudo divulgado esta semana indicou que o fogo pode liberar mais dióxido de carbono, contribuindo para o aquecimento global.

Após as primeiras vitórias na luta contra a extração ilegal de madeira da Amazônia, Lula agora enfrenta uma tarefa mais difícil para acabar com o desmatamento.

Em julho, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em relação ao ano anterior pela primeira vez em 15 meses, de acordo com dados preliminares do Inpe divulgados esta semana. O governo enfatizou que o desmatamento ainda está 27% menor no ano até o momento, em comparação com os primeiros sete meses de 2023.

Escrito por Reuters

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