Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Chefe da ONU denunciará Israel e Hamas por violações contra as crianças

Placeholder - loading - Crianças palestinas esperam para receber comida preparada em uma cozinha de caridade em meio à escassez de alimentos, em Rafah, na Faixa de Gaza 13/02/2024 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Crianças palestinas esperam para receber comida preparada em uma cozinha de caridade em meio à escassez de alimentos, em Rafah, na Faixa de Gaza 13/02/2024 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Publicada em  

Por Michelle Nichols

NOVA YORK (Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, acrescentou o setor militar israelense a uma lista global de infratores que cometeram violações contra crianças em 2023, afirmou o enviado de Israel ao órgão, Gilad Erdan, que descreveu a decisão como “vergonhosa”. O Hamas e a Jihad Islâmica Palestina também serão incluídos, afirmou uma fonte diplomática que não quis ser identificada. Erdan afirmou que foi notificado oficialmente da decisão nesta sexta-feira. A lista global está incluída em um relatório sobre crianças e conflitos armados que Guterres deve enviar ao Conselho de Segurança da ONU em 14 de junho. O relatório cobre seis violações: assassinato e mutilação, violência sexual, sequestro, recrutamento e uso de crianças, negação de acesso a auxílio e ataques contra escolas e hospitais. Não ficou imediatamente claro por quais violações Israel, Hamas e Jihad Islâmica Palestina foram listados. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que a decisão “terá consequências para as relações de Israel com a ONU”. O país tem há tempos uma relação atribulada com a organização, algo que só piorou durante a guerra entre israelenses e Hamas na Faixa de Gaza. No mês passado, a ONU afirmou que pelo menos 7.797 crianças morreram na Faixa de Gaza — que é governada pelo Hamas — durante os oito meses de guerra, citando dados de corpos identificados pelo Ministério da Saúde local e que a entidade considera confiável. A imprensa estatal de Gaza fala em cerca de 15.500 crianças mortas. De acordo com o Conselho Nacional para a Criança israelense, 38 foram mortas no dia 7 de outubro, no ataque liderado pelo Hamas e que deu início à guerra. Também havia 42 crianças entre os cerca de 250 reféns levados para a Faixa de Gaza naquele dia. Apenas duas delas não foram soltas até agora. O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que o chefe de gabinete de Guterres ligou para Erdan nesta sexta-feira “como cortesia dada a países que foram recentemente listados no anexo do relatório”. Erdan postou um vídeo nas redes sociais com suas respostas durante a ligação. “Estou absolutamente chocado e enojado com essa decisão vergonhosa do secretário-geral”, afirmou ele. “O exército israelense é o mais moral do mundo, então esta decisão imoral só ajudará os terroristas e recompensará o Hamas.” Dujarric descreveu o vídeo e sua parcial publicação como “chocante e inaceitável, e francamente eu nunca vi isso em 24 anos servindo esta organização”. Em comunicado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a ONU “se colocou na lista negra da história ao se juntar àqueles que apoiam os assassinos do Hamas”. Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a decisão da ONU é “um passo na direção correta, para reponsabilizar Israel pelos seus crimes', e que Israel deveria estar no relatório há muito tempo. A adição do país ocorre nove anos após o enviado especial da ONU para as crianças e os conflitos armados ter recomendado a inclusão de Israel e do Hamas à lista, por violações ocorridas na guerra de 2014 na Faixa de Gaza, quando 540 crianças estavam entre os 2.100 palestinos mortos.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. chefe da onu denunciara …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.