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Haddad diz que Brasil não precisa de recessão para baixar inflação e controlar as contas

Placeholder - loading - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 18/03/2025. REUTERS/Adriano Machado

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 18/03/2025. REUTERS/Adriano Machado

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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que não acredita que o Brasil precise passar por uma recessão econômica para baixar a inflação ou controlar as contas pública, defendendo que o país tem condições de continuar crescendo com sustentabilidade.

'Eu não acredito que você precise de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que a inflação saia do controle', disse Haddad em entrevista ao programa 'Bom dia, ministro', do CanalGov.

'O Brasil não precisa fazer um ajuste recessivo para colocar ordem nas suas contas', afirmou o ministro em outro momento da entrevista.

As declarações ocorreram quando Haddad foi questionado sobre a mais recente decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual na véspera, a 14,25% ao ano, e sinalizou pelo menos mais um aumento de magnitude menor no encontro de maio.

Em comunicado, o Copom ainda enfatizou que, para além da reunião de maio, a magnitude total do ciclo de aperto 'será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta'.

Haddad disse nesta quinta que considera o patamar atual da Selic 'elevado', mas afirmou que o mais recente movimento do BC já estava contratado pela gestão do presidente anterior da autarquia, Roberto Campos Neto.

O ministro argumentou que a atual diretoria do BC, comandada pelo presidente Gabriel Galípolo, agora 'tem uma herança a administrar'.

'Queremos uma inflação mais comportada, sabendo que quando ela sai da banda, o Banco Central tem que tomar providências para trazer a inflação para o patamar convencionado', afirmou.

Ele apontou que acredita na capacidade do BC de convergir a inflação para a meta -- de centro de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo --, assim como indicou que o governo continuará perseguindo sua meta de déciti primário zero para este ano.

REFORMA DO IR

Na entrevista desta quinta, Haddad ainda afirmou que a proposta de reforma do Imposto de Renda apresentado pela governo no início da semana foi muito bem recebida e que será aprovada no Congresso 'com toda tranquilidade'.

O ministro também reiterou que a proposta -- que aumenta a isenção do IR para quem ganha até R$5.000 por mês -- 'não tem um centavo de aumento de imposto', sinalizado que o governo não abrirá mão de garantir uma compensação para a perda de receita gerada pela medida.

'Tudo isso que está sendo feito não é para aumentar a arrecadação... O que nós estamos fazendo é justiça social', afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na terça-feira o projeto de lei da reforma do IR, que prevê, para além do aumento da faixa de isenção, uma taxação mínima sobre pessoas de alta renda e uma nova cobrança sobre envio de lucros de empresas ao exterior.

Haddad afirmou anteriormente que o aumento da faixa de isenção do IR tem impacto de aproximadamente R$27 bilhões por ano.

(Por Fernando Cardoso)

Escrito por Reuters

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