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Milhares de pessoas marcham contra a guerra de Gaza no início da convenção democrata

Placeholder - loading - Protesto pró-palestinos em Chicago, no primeiro dia da Convenção Nacional Democrata 19/04/2024 REUTERS/Seth Herald
Protesto pró-palestinos em Chicago, no primeiro dia da Convenção Nacional Democrata 19/04/2024 REUTERS/Seth Herald

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Por Andrea Shalal e Bianca Flowers

WASHINGTON (Reuters) - Milhares de manifestantes pró-palestinos, em sua maioria pacíficos, marcharam em Chicago nesta segunda-feira, enquanto o presidente norte-americano, Joe Biden, chegava para o dia de abertura da Convenção Nacional Democrata, em uma demonstração de força contra o apoio de seu governo a Israel na guerra de Gaza.

Após horas de manifestações pacíficas, dezenas de manifestantes romperam parte da cerca de segurança do perímetro, atraindo a tropa de choque da polícia para o local, disse uma testemunha à Reuters.

A equipe de segurança da convenção não respondeu a um pedido de comentário sobre se os manifestantes foram presos.

'O pessoal de aplicação da lei está atualmente no local e mais informações serão fornecidas quando disponíveis', disse um porta-voz da cidade de Chicago.

Os gritos e bordões se intensificaram antes da violação da cerca, quando os manifestantes chegaram a um parque e fizeram uma pausa para amplificar seus pedidos de cessar-fogo. Em meio ao barulho, a multidão voltou sua frustração para a vice-presidente, Kamala Harris, referindo-se à candidata democrata como 'Killer Kamala' (Assassina Kamala).

A polícia de Chicago formou um perímetro ao redor do parque a pé para conter os manifestantes, com alguns policiais em bicicletas.

Os organizadores da marcha atraíram menos apoiadores do que o esperado, horas antes de Biden discursar no encontro.

Eles iniciaram uma passeata de uma milha perto do local onde os delegados democratas indicarão Kamala como candidata para enfrentar o republicano Donald Trump na eleição presidencial de novembro.

Os organizadores esperavam dezenas de milhares de manifestantes -- o suficiente para encher um parque e a rota da marcha -- disse Hatem Abudayyeh, porta-voz dos organizadores, mais cedo. No entanto, à tarde, vários milhares de manifestantes haviam se reunido para discursos e o parque estava cheio apenas pela metade.

A coalizão de mais de 200 grupos inclui a defesa de uma variedade de causas, desde direitos reprodutivos até justiça racial. Muitos vieram de comunidades palestinas e árabes de Illinois e de Estados vizinhos, disseram os organizadores na semana passada.

Roman Fritz, de 19 anos, um dos mais jovens delegados de Wisconsin, usava um lenço estampado com o tradicional padrão palestino. Ele planejava participar da marcha, mas não tinha planos de interromper os eventos oficiais mais tarde, e disse que apoiava Kamala como a candidata do partido para derrotar Trump.

Dezenas de delegados muçulmanos e seus aliados, irritados com o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza, buscam mudanças na plataforma democrata e planejam pressionar por um embargo de armas, colocando o partido em alerta para interrupções em discursos de alto nível na convenção.

Alguns manifestantes duvidavam que o partido mudaria sua plataforma.

'Isso nunca acontecerá', disse Mwalimu Sundiata Keita, que viajou de Cincinnati, Ohio, para participar do protesto. 'A política do partido é apoiar Israel e, até que essa política mude, é assim que vai ser.'

Outro grande protesto foi programado para quinta-feira, quando Kamala deverá aceitar formalmente a indicação.

Grupos pró-palestinos protestam há meses contra o apoio militar e financeiro do governo Biden a Israel durante sua guerra contra o Hamas, que matou mais de 40.000 palestinos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.

Israel lançou a ofensiva depois de ter sido atacado em 7 de outubro por militantes do Hamas, que mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros de Israel.

'Os democratas são os que estão no poder', disse Abudayyeh na segunda-feira. 'Esta é a guerra deles. Eles são responsáveis por ela, são cúmplices e podem impedi-la.'

Escrito por Reuters

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