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Na ONU, ex-refém israelense pede continuidade do cessar-fogo

Placeholder - loading - Noa Argamani, ex-refém israelense ao lado do representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, na sede das Nações Unidas, em Nova York 25/02/2025 REUTERS/Michelle Nichols
Noa Argamani, ex-refém israelense ao lado do representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, na sede das Nações Unidas, em Nova York 25/02/2025 REUTERS/Michelle Nichols

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Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Uma mulher israelense sequestrada pelos militantes palestinos do Hamas relatou sua provação ao Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira, dizendo aos 15 membros do órgão que não achava que sairia viva, e pediu que o cessar-fogo seja mantido.

Noa Argamani foi resgatada pelas forças israelenses em junho do ano passado, oito meses depois de ser sequestrada pelo Hamas em um festival de música no sul de Israel. Seu parceiro, Avinatan Or, ainda é mantido como refém e deve ser libertado durante a segunda fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.

A fase inicial do cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro, deve terminar no sábado, com dezenas de reféns libertados em troca de centenas de palestinos que estavam detidos em Israel.

Os negociadores ainda não definiram completamente os passos a serem tomados nas próximas fases. O Hamas ainda mantém dezenas de reféns.

'Preciso garantir que o mundo saiba: o acordo precisa ser cumprido na íntegra… completamente, em todos os estágios', afirmou ao Conselho de Segurança, antes de descrever como a casa onde estava sendo mantida como refém foi explodida, deixando-a presa entre os escombros.

'Eu não conseguia me mexer, não conseguia respirar -- achei que seriam os últimos segundos da minha vida', disse Argamani, acrescentando que não recebeu qualquer tratamento médico do Hamas.

'Estar aqui neste momento com vocês é um milagre.'

A enviada da ONU ao Oriente Médio, Sigrid Kaag, que também é coordenadora sênior de auxílio humanitário e reconstrução para Gaza, disse ao Conselho de Segurança que a retomada das hostilidades no enclave palestino 'precisa ser evitada a qualquer custo'.

'O trauma é inegável nos dois lados', disse. 'Na minha última visita a Gaza, pouco depois do cessar-fogo entrar em vigor, fiquei mais uma vez tocada pelo sensação de completa devastação… e desespero devido à perda, ao trauma e à sensação de abandono.'

FUTURO DE GAZA

Combatentes liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas e tomaram mais de 250 reféns em um ataque contra o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, segundo contagens israelenses. Um ataque retaliatório de Israel devastou a maior parte de Gaza e matou mais de 48.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde do enclave.

Israel afirmou que seus objetivos eram eliminar o Hamas, trazer todos os reféns de volta para casa e garantir a segurança e o futuro de Israel.

'O Hamas precisa ser eliminado', disse a embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, ao conselho. 'Qualquer plano para a reconstrução de Gaza precisa garantir que o Hamas seja completamente retirado do poder e responsabilizado pelo seu massacre terrorista em 7 de outubro.'

'Aguardamos um plano de nossos parceiros árabes para o futuro de Gaza que reflita essa visão', disse.

Daniel Levy, presidente do think tank US/Middle East Project, afirmou ao Conselho de Segurança que acabar com o governo do Hamas em Gaza é possível. Mas disse que nenhuma parte envolvida em um conflito negocia sua própria dissolução, a menos que seja destruída no campo de batalha ou que as causas primordiais do conflito sejam abordadas.

'O Hamas não foi derrotado e haverá resistência enquanto houver a violência estrutural da ocupação e do apartheid. É simples assim', afirmou Levy.

(Reportagem de Michelle Nichols)

Escrito por Reuters

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