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Norte-americanos temem que Trump esteja muito alinhado à Rússia, diz pesquisa Reuters/Ipsos

Placeholder - loading - Presidente dos EUA, Donald Trump, e presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro em Helsinque, na Finlândia, em 2018 16/07/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump, e presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro em Helsinque, na Finlândia, em 2018 16/07/2018 REUTERS/Kevin Lamarque

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Por Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - Mais da metade dos norte-americanos, incluindo um em cada quatro republicanos, acha que o presidente Donald Trump está 'muito alinhado' à Rússia, ao reorganizar radicalmente a política externa dos EUA, mostra uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos.

A pesquisa de dois dias concluída na quarta-feira também encontrou pouco interesse entre os norte-americanos pela agenda expansionista de Trump, enquanto o presidente republicano fala em adquirir a Groenlândia, o Canadá e o Canal do Panamá.

Cerca de 56% dos entrevistados, incluindo 89% dos democratas e 27% dos republicanos, concordaram com uma declaração afirmando que Trump estava muito próximo de Moscou. No geral, 40% dos entrevistados discordaram dessa declaração e 4% não responderam.

Trump mudou radicalmente a política externa norte-americana desde que iniciou seu segundo mandato como presidente dos EUA, em janeiro, inclusive repreendendo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy em uma reunião televisionada, por ele supostamente não estar comprometido com a paz com a Rússia, antiga inimiga dos EUA na Guerra Fria.

Desde então, o governo Trump propôs um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia, mas o Kremlin reagiu com frieza.

A mudança dos EUA em relação à Rússia, sob um presidente que no passado expressou admiração pelo líder russo Vladimir Putin, abalou os aliados europeus. A guinada alimentou discussões na Europa sobre o planejamento de suas próprias defesas, sem contar com a ajuda dos EUA.

Trump argumentou que sua postura é necessária para pôr fim à guerra, o que ele prometeu durante a campanha eleitoral do ano passado realizar em seu primeiro dia no cargo.

A pesquisa Reuters/Ipsos também mostrou que muitos norte-americanos apoiam um ponto-chave de sua abordagem para ajudar a Ucrânia. Quase metade -- ou 44% -- dos entrevistados disseram que apoiam o plano de Trump de 'condicionar o apoio militar dos EUA à Ucrânia à obtenção de uma parcela da riqueza mineral da Ucrânia pelos EUA'. Dois terços dos republicanos apoiaram a ideia, assim como um em cada cinco democratas.

No geral, o índice de aprovação de Trump se manteve estável nas últimas semanas em 44% -- percentual maior do que ele ou o presidente democrata Joe Biden tiveram na maior parte de seus últimos mandatos.

POUCO APETITE POR EXPANSÃO

A pesquisa mostrou ainda que os norte-americanos tinham pouco interesse nas metas declaradas de Trump de expandir o território dos EUA. O presidente está de olho na Groenlândia, fala em tornar o Canadá o 51º estado do país, discute a retomada do controle do Canal do Panamá e propõe nivelar e reconstruir Gaza -- potencialmente deslocando os 2,1 milhões de palestinos que vivem na região.

Questionados sobre quais questões de uma lista Trump deveria priorizar, apenas 1% dos entrevistados escolheu a expansão do território dos EUA, em comparação com 61% que escolheram o combate à inflação e 13% que disseram que ele deveria se concentrar em reduzir o tamanho do governo federal.

Apenas 17% dos entrevistados, incluindo 26% dos republicanos, apoiaram a meta de Trump de absorver o Canadá. Cerca de 21% dos entrevistados, incluindo 34% dos republicanos, apoiaram a ideia de assumir Gaza para trazer paz ao Oriente Médio.

Muitos especialistas consideraram a proposta de Trump para Gaza impraticável, e grupos de direitos humanos disseram que isso equivaleria a uma limpeza étnica.

Trump tem um apoio um pouco mais forte em seus objetivos de assumir o controle da Groenlândia e do Canal do Panamá. Sessenta e cinco por cento dos republicanos na pesquisa Reuters/Ipsos disseram que concordavam com a declaração de que 'os EUA deveriam assumir o controle do Canal do Panamá para proteger sua economia'. Cerca de 89% dos democratas discordaram.

Cerca de 45% dos republicanos concordaram com a declaração de que os EUA deveriam 'assumir o controle da Groenlândia para que os militares americanos pudessem proteger melhor o país', enquanto 88% dos democratas discordaram.

A Dinamarca disse que a Groenlândia, uma parte autônoma de seu reino, não está à venda, mas Trump sugeriu que imporia tarifas se ela resistisse aos esforços para adquirir a ilha. Trump chamou a Groenlândia estrategicamente localizada de vital para a segurança nacional dos EUA.

A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada on-line e em todo o país, entrevistou 1.422 adultos dos EUA e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais.

(Reportagem de Jason Lange)

Escrito por Reuters

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