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Rússia diz que Otan precisa retirar promessa de adesão à Ucrânia feita em 2008

Placeholder - loading - Porta-voz russa Maria Zakharova em Moscou  14/1/2025    REUTERS/Evgenia Novozhenina
Porta-voz russa Maria Zakharova em Moscou 14/1/2025 REUTERS/Evgenia Novozhenina

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Por Dmitry Antonov e Guy Faulconbridge

MOSCOU (Reuters) - A Rússia quer que a Otan renuncie à sua promessa de 2008 de um dia conceder à Ucrânia adesão à aliança militar liderada pelos Estados Unidos e que a Ucrânia concorde com a neutralidade, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, nesta terça-feira.

A adesão da Ucrânia à Otan é inaceitável para a Rússia, mas uma simples recusa em deixá-la entrar também é insuficiente para Moscou, segundo a porta-voz.

'Vale ressaltar que a recusa em aceitar Kiev na Otan não é suficiente agora', disse Zakharova em resposta a uma pergunta da Reuters. 'A aliança precisa rejeitar as promessas de Bucareste de 2008'.

'Caso contrário, esse problema continuará a envenenar a atmosfera no continente europeu', afirmou ela.

Zakharova disse que a Ucrânia precisa retornar à posição de sua declaração de soberania de 1990 da União Soviética, na qual Kiev afirmou que se tornaria um Estado permanentemente neutro, não participaria de blocos militares e permaneceria livre de armas nucleares.

'O que a Ucrânia precisa fazer é retornar às origens de sua própria condição de Estado e seguir a letra e o espírito dos documentos', disse Zakharova.

'Essa seria a melhor garantia de sua segurança', declarou ela, acrescentando que nem a adesão à Otan nem a intervenção ocidental 'sob o disfarce de um contingente de manutenção da paz' poderiam dar à Ucrânia essa segurança.

Em uma reunião de cúpula em Bucareste, em abril de 2008, a Otan declarou que tanto a Ucrânia quanto a Geórgia se uniriam à aliança de defesa liderada pelos EUA, mas não lhes deu nenhum cronograma ou plano de como chegar lá.

A declaração foi um compromisso que preencheu as lacunas entre os Estados Unidos, que queriam admitir os dois países, e a França e a Alemanha, que temiam que isso antagonizasse a Rússia.

A Rússia tem citado repetidamente a ampliação pós-soviética da Otan e, especificamente, as ambições de Kiev na Otan, como motivo para a guerra na Ucrânia. A Otan rejeita essa afirmação, dizendo que é uma aliança defensiva que, nos últimos três anos, tem ajudado Kiev a lutar contra a invasão russa.

O presidente Vladimir Putin diz que os Estados Unidos, desde o fim da Guerra Fria, ignoraram arrogantemente as preocupações legítimas da Rússia sobre a ampliação da Otan, que foi criada em 1949 para fornecer segurança coletiva a um grupo de países ocidentais contra a União Soviética.

A Reuters informou em novembro que Putin está aberto a discutir um acordo de paz na Ucrânia com Trump, mas descarta a possibilidade de fazer concessões territoriais importantes e insiste que Kiev abandone as ambições de se juntar à Otan.

Escrito por Reuters

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